O recado dado pela diretoria do São Paulo ao técnico Juan Carlos Osorio é claro. As saídas de Rodrigo Caio, Denilson e Paulo Miranda não serão repostas. Essa postura atrapalha os planos do treinador colombiano que, na próxima semana, ainda poderá perder Dória, cujo contratado de empréstimo termina no dia 30 - o Olympique de Marselha não deverá emprestar o defensor novamente de graça ao São Paulo.
Desde que chegou, Osorio vem dizendo que gostaria de escalar a equipe no esquema 3-5-2. Sua primeira ideia era montar o trio defensivo com Rafael Toloi, Rodrigo Caio e Dória. Desses, só deverá sobrar Toloi. Lucão, que retornou da seleção sub-20, ficaria com o lugar de Rodrigo; Edson Silva, com o de Dória. O problema é que, assim, Osorio ficaria sem opções no banco de reservas. Isso porque Breno, que ainda aprimora a forma física após ficar três anos parado, não tem condições de jogo.
A alternativa seria promover jovens da base. Osorio já foi a dois jogos da equipe sub-20 no Campeonato Brasileiro para observar jogadores. Mas a situação não agrada, pois a comissão técnica defende que jovens precisam passar por um período de adaptação antes de serem escalados. O auxiliar técnico Milton Cruz indicou dois zagueiros a Osorio, mas a diretoria já deixou claro que, no momento, ninguém será contratado.
No meio-campo, a vaga de Denilson, que vinha jogando como titular, ficou para Hudson. Souza, segundo volante, já se colocou à disposição para jogar mais recuado, caso seja necessário.
Com isso, Osorio, bem antes do que imaginava, enfrenta seu primeiro momento de turbulência no Tricolor. Ficou nítido o seu desconforto nas entrevistas que concedeu na última semana quando falou sobre o assunto. Mas não há tempo para reclamar. Mesmo com todos esses problemas, o Campeonato Brasileiro segue, e o treinador sabe que, para ter paz, o time precisa somar pontos nos dois jogos que fará em sequência fora de casa, contra Palmeiras e Atlético-PR.